sexta-feira, 14 de maio de 2010


O Porteiro da sexta - 14.

Clichê do clichê: A arte, positivamente, imita a vida.
A manhã se apresenta. Céu azul esbranquiçado com pinceladas transversais irregulares em tons vermelho claro/bege.
Como trilha, o silêncio comparte dos começos de dia dos bairros das pequenas cidades, ponteado de pios curtos provenientes dos sabiás suburbanos com seus movimentos histriônicos na pista asfáltica, seguidos do alto dos cabos elétricos e topos de alpendres pelos demais inconsequentes moleques bem-te-vis, tizius (?) e pardais.
A rua é uma esteira estática, provisoriamente fria e vazia a espera dos passos lentos e apressados e primeiros pneumáticos a que certamente será submetida em instantes. Quem viver verá.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Reflexões da caminhada matinal - Parte 2



Tumor


Subsistem
Pensamentos inertes
No fundo do abismo

Anseiam
À falta de luz
Escalar

A parede da alma
N’alguma trilha
Porosa.

Na superfície
Sem Deus
Corporifica a ação:

Nasce
Nas mãos do demônio
Um brinquedo hediondo

E a sentença
De morte
De um réu infeliz.

Reflexões da caminhada matinal


Pecado


O pecado
É um aprazível
Porém ilusório lugar

Cujo caminho
Pavimentado de tentação
Nos leva

Com a falsa promessa
De um breve regresso

À comunhão com Deus.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Haja Luz!


É proposital a imagem do céu de uma cidade do interior como abertura para as minhas primeiras palavras no Eternas Ondas.
Espero utilizar esse espaço para contato com pessoas que, como eu, vivem a terrenalidade circunstancial mas sem perder de vista a noção de eternidade proclamada com absoluta clarividência nas Sagradas Escrituras.
Espero encontrar também poetas que estejam fora da moldura secular e que utilizem os versos - também - como forma de trafegabilidade nos mistérios do soberano Senhor dos exércitos.